DE CUBA A INGLATERRA, A SESSÃO DUPLA DO FSM

Com o TVCine temos aproveitado para fazer algumas sessões de cinema e este fim-de-semana assistimos a 2 bons filmes, dos quais destaco Havana, cidade perdida. O filme que levámos para cama e nos fez viajar na conversa late night sobre a angústia da falta de liberdade. Pensar que ainda hoje, século XXI, há abusos e limites como os que se vive(ra)m em Cuba tirou-nos definitivamente o sono!


The lost City" (2005), em português "Havana, cidade perdida".
Realizado e protagonizado por Andy Garcia (ele próprio um cubano de origem, longe do seu país). Um misto de documentário leve, drama e musical, Havana – Cidade Perdida pode considerar-se um excelente começo de Garcia atrás das câmaras. O filme retracta La Habana, Cuba, final dos anos 50. Um país inteiro espera, impaciente, pela Revolução que há-de tirar Batista do poder e dar lugar aos guerrilheiros do povo, Castro e Guevara, que aguardam o momento certo nas florestas da Sierra Maestra.
Uma obra bem encadeada e coerente, que consegue beirar o documentário ao focar um pouco de cada aspecto cultural e político de Cuba e, simultaneamente, cativar o espectador com a transmissão de emoções equilibradas e realistas q.b. (nomeadamente através da história de amor entre Fico e a cunhada, Aurora, protagonizada por uma discreta mas convincente Ines Sastre, ou dos acontecimentos familiares dramáticos extrapolados pela tomada do poder pelos revolucionários).
O filme fala da resistência do indivíduo contra os absurdos do poder abusivo, quer este esteja nas mãos de ditadores loucos como Fulgêncio Batista (Juan Fernandez), mafiosos capitalistas como Meyer Lansky (Dustin Hoffman) ou revolucionários carismáticos e implacáveis como Che Guevara (Jesu Garcia).
Andy Garcia é de origem cubana e também esteve exilado em Miami durante a revolução castrista, quando tinha apenas cinco anos. O filme foi rodado na República Dominicana, em Miami e em Nova Iorque.


The Other Boleyn Girl (2008), em português "Duas irmãs, um rei".
Um filme de época com todos os ingredientes da ementa: amor, ódio, sexo, intriga, traição, corrupção, condenação, decapitação. Parte da célebre história de Henrique VIII e Ana Bolena para prender o espectador a uma intriga "de época". É o teste no grande ecrã para o realizador britânico Justin Chadwick, que ganhou um prémio BAFTA .

Na sequência da ideia de "reconstrução de época", este filme adapta "The Other Boleyn Girl", best-seller de Philippa Gregory, e leva-nos até à Inglaterra do século XVI, também através de Peter Morgan, guionista nomeado para o Óscar pelo filme "A Rainha". Saliente-se ainda que o guarda-roupa é desenhado pela duplamente oscarizada Sandy Powell. No entanto, os trunfos comerciais imediatos do filme serão sobretudo Natalie Portman e Scarlett Johansson, as duas divas que protagonizam as irmãs Bolena. O rei, o australiano Eric Bana, é conhecido do público por películas como "Hulk" ou "Tróia". Curioso para ficarmos a saber de onde vieram os genes de Elizabeth, a Rainha.

Comentários

Mensagens populares