NA ESPERANÇA CON[SEGUIMOS] DEUS
Pelo segundo ano consecutivo, a convite dos catequistas dos respectivos Grupos, eu e o Pedro organizámos o retiro de um Grupo de jovens que se está a preparar para receber o Sacramento do Crisma. No ano passado o encontro foi preparado e dinamizado, na íntegra, por nós com a logística assegurada pelos catequistas que acompanham o grupo há vários anos na catequese sistemática.
Este ano, era irrecusável o mesmo convite, desta vez para dois grupos de paróquias diferentes (Palhaça e Nariz) e juntamente com os catequistas, achámos que seria de todo enriquecedor agregar à equipa de coordenação do encontro outras pessoas, de forma a alargar o circulo e enriquecer a roda dos díscipulos com a diversidade de idades e experiências .
Assim foi...
A roda foi crescendo à mesa do chá das reuniões de preparação. A mim e ao Pedro juntaram-se este ano a Carla, o João e outra Catarina, o Márcio em pensamento, o Paulo e a Carina pelo testemunho de Missão, o Padre Zé Augusto e o Padre ângelo na celebração penitencial, e de novo o pároco de ambos os grupos do retiro já na eucarística que marcou o fim do retiro à qual também se juntaram os pais dos jovens.
Resultado: o fim-de-semana transformou-se numa roda que tinha tanto de irmãos como de amigos. Um conjunto de pessoas normais, de gente que tem a fé e a vontade de deixar este mundo um bocainho melhor do que o encontrou. Pessoas que entendem que a vida é um espaço de testemunho.
Resultado: o fim-de-semana transformou-se numa roda que tinha tanto de irmãos como de amigos. Um conjunto de pessoas normais, de gente que tem a fé e a vontade de deixar este mundo um bocainho melhor do que o encontrou. Pessoas que entendem que a vida é um espaço de testemunho.
Durante estes dois dias falámos imenso, mais do que ouvimos, porque os jovens são tímidos. Apesar os tentar entender, esta atitude entristece-me. Porque sei que não é por falta de ideias ou até de alguns pensamentos que queiram partilhar, sente-se uma falta de confiança, desconforto com falar em público, em expor ideias...(estranhos estes jovens que as escolas estão a formar...pouco à vontade consigo e com aquilo que são capazes de dizer).
Já eu (como a maior parte dos amigos sabe...)vou-me às reservas da saliva, quase sempre. Acho que tenho sempre mais qualquer coisa, sobre tudo, para dizer. Por isso preciso do meu moderador...o Pedro!
O encontro acabou por correr muito melhor do que no ano passado. O facto do grupo ser alargado a dois grupos de paróquias distintas, da casa que nos acolheu ser bem mais inspiradora e da preparação ter sido feita com maior serenidade, foram factotes determinantes.
O que tentámos transmitir, ao longo dos vários momentos deste fim-de-semana, é que cada um de nós, é chamado a tomar consciência que a vida dos Santos, dos discípulos e de Jesus, pode ser a nossa vida. Basta procurarmos pistas para a nossa vida diária nos fundamentos que sustentam a nossa fé. E o que fizemos foi partilhar a alegria dessa descoberta, das grandes às pequenas coisas, do possível até ao mais dificil de conquistar!
À custa desta normalidade falámos de reciclagem, cidadania, cultura e hábitos religiosos. Sacramentos e verdades. Falámos da vida, como falam os amigos que tem coisas em comum.
Mas a maior conversa, aquela que me faz crescer diariamente e me faz olhar a realidade com um optimismo iluminado, é sempre o diálogo interior que vou travando ao longo de momentos como estes. Deito-me no domingo, completamente exausta, mas com uma certeza: somos uns priviligiados. O caminho para a santidade não é fácil, mas vale mesmo a pena. Ser cristão, hoje, é uma das propostas mais radicais de vida. Como diria um padre amigo lá de casa: É só para gente ousada que não se importa de avançar contra a corrente!
Admiro-te e se calhar até te invejo um pouco essa força, essa vontade, essa fé...
ResponderEliminarContinuo acreditar e a ser testemunha diariamente de verdadeiros milagres, de vida, de que há algo superior a todos nós, mas que por ser assim mesmo, é partilhado por todos.
Se calhar em determinada altura fez-me falta ter conhecido um casal assim, disposto a partilhar o seu tempo, com vontade de dialogo e sem receios da partilha...
Ou se calhar, simplesmente deixei-me ficar preso ao lado mais negativo da vida e deixei de querer ver o lado positivo da igreja, da fé, da religião.
Um beijo enorme e um abraço bem apertado e por todos aqueles que possam apreender algo convosco, espero que continuem a servir de modelo, quer como pessoas, como casal, como pais, como amigos... :-)
Um Bom final de Semana.
Longe de sermos modelos...(repara que tenho apenas 1,53... e um filho que nasceu com um dente!).
ResponderEliminarCreio que o que queres dizer é que podemos de alguma forma servir de inspiração ou de confirmação para quem quiser saber se é possível ser feliz nos dias que correm...tentando fazer dos mandamentos uma espécie de modus vivendi.
Outros fazem-no com outras regras, segundo outras inspirações, modelos! Este é o nosso e temos sido felizes assim, sem sermos "beatos", "secas", "antiquados", "intolerantas"...depois podem vir outros apontar tudo o que a Igreja tem de mal...todos os defeitos, as declarações inoportunas de Bento XVI, opções erradas ao longo dos séculos...e por aí em diante. É muito mais fácil marcarmos nós a diferença afinal ninguém é cristão dentro de um templo. Somos cristãos no local de trabalho, na nossa casa, nas amizades, na cidadania, na solidariedade, nas relações pessoais, na política, no lazer, na cultura. Somos. E se o formos à luz do que acreditamos somos diferentes. Parece-me ser esta a igreja que as pessoas se esquecem que podem ser. Diferentes.
Abraço grande amigo