(RE)INVENTAR

Se bem me lembro, desde pequena que os objectos sempre tiveram mais que a utilidade descrita no rótulo ou na função. Nunca tive muita coragem para me desfazer de nada. De simples papéis a plásticos e móveis velhos. Havia sempre um iogurte que terminava em matraca ou uns sapatos usados que viravam porta lapireiras. Dispenso manuais de decoração, revistas de tendências ou principaios de feng shui. Prefiro o mau gosto da inspiração prórpia. Gosto de guardar para mais tarde me reinventar. São frequentes, cá em casa, sacos de reciclagem que nunca seguem para as cores indicadas. Acabam pendurados, espalmados, empoleirados numa árvore, num caderno ou numa prenda de aniversário. Guardo as paredes, brancas imaculadas, para um gesto que há-de vir.


A mudança para o Benavente foi o estímulo, e o espaço (ou será o passo?) necessário para esta vontade de transformar ganhar proporções e instalações. Depois da Mão do Lenhador, das Árvores do Natal de Novembro, e dos Fantoches Voadores agora é a vez das Folhas que não Caiem e do Candeeiro de Estrelas. Ambas feitas a quatro mãos, com a ternura especial e a ajuda entusiástica do mais pequeno criador da família, o Salvador. Também é para ele a luz que não precisa de corrente e as folhas de Outono que continuam porque algúem as segurou até que chegue a primavera.

Comentários

  1. Das folhas e flores que depois de secas dão excelentes marcadores de livros, recortes de revistas que se trasnformam em postais, conchas e buzios que passam a ser brincos... tudo tem o seu encanto, tudo ganha um novo encanto :-)
    Essa dupla função, que das as coisas que não sendo velhas, não são novas, certamente faz crescer a imagiação do pequeno ai da casa, certamente é motivo de inspiração para mil historias :-)
    Uma excelente semana p7 todos voces, beijo grd

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