Sweet dreams are made of this...

Lencóis polares rente ao corpo.
Sol à esquerda e à direita.
De mansinho entras no quarto.
A nossa cama vira a tua tenda.
Ouvimos o sino e contamos...8,9...
Manhã de sábado. Luz e liberdade.
Lá em baixo, pão fresco e café.
Saímos à procura do "Ó ó perdido".
Como nós algumas dezenas.
Crianças e cultura. Que caminhos percorrer?
Uns barulhentos outros sossegados.
Bastante participativos. Curiosamente seguista atento, fizeste perguntas, acompanhaste nas músicas e não faltaste às palmas. Uma história simples para uma manhã luminosa. Pelo caminho uma exposição à tua medida e uma estação de comboios raros como o Vouguinha. Explico-te a estrada das carruagens enquanto nos tentamos equilibrar na linha.
Regressamos e tu adormeces na viagem, ao sol ficas ainda mais celeste. Estendemos roupa, abrimos portas, almoçamos ao sol. Nada como uma folga no choro das nuvens para nos revirar o ânimo. Para pularmos de felicidade, brincarmos às sombras, dançarmos com as mensagens ecológicas da Leopoldina enquanto abusamos das molas da tua cama.
Sábado sabe sempre a sabores sortidos. Como pintarolas que se derretem na mão, limões com perfume de inverno e corridas de carreta no quintal do avó Vitor (Bitó). Enquanto ele arruma lenha para o forno cozer o pão enquanto assa o carneiro, nós fazemos corridas de carreta até ao fundo do quintal. Já sobes escadas altas, tão altas que no degrau mais alto ficas com a cabeça nas nuvens.
Se ao menos não roubasses as azeitonas na loja, é que depois nunca sei onde ponho o caroço que me passas para a mão. E se alguém repara? "A mãe tem de dar o exemplo", dizem os livros e boa educação confirma. Há alturas em que simplesmente não sei dar exemplos. Quando me passas o teu caroço, com metade da azeitona abocanhada, são dois que tenho de esconder. Não sei dar todos os bons exemplos. Mas sei rebolar contigo pela relva e subir mais alto que tu na escadaria da árvore.

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