AMOR ROMÂNTICO, QUERO SER UM CASE STUDY
Obrigada pela sugestão de leitura Pedro. A quatro meses de comemorarmos 5 anos de casados e 12 de namoro é bem pertinente. É claro que com o sentido de amor (humor) que pinta a nossa a nossa relação acho que daqui a 70 ANOS vamos ser um case study. Cisnes ou pintainhos...whatever.....mas um caso! Afinal, o mais difícil - provar que Oscar Wilde estava errado quando dizia que devíamos viver apaixonados e que por isso é que ninguém deveria casar-se - os cientistas já fizeram por nós.
Ao contrário do que a maioria acredita e se proclama em tudo o que é meio de disseminação da informação, "o casamento ou as relações longas não têm que ser nenhuma sentença de morte para o amor romântico. Este pode sobreviver a 50 anos de vida em comum tão profundo e tão incólume como no estado de paixão. Melhor ainda: igualmente intenso, absorvente e sexualmente activo, mas sem o traço obsessivo que caracteriza os apaixonados."
A conclusão está no estudo Does a Long-Term Relationship Kill Romantic Love? (Uma Relação Duradoura Mata o Amor Romântico?, em tradução literal), feito por Bianca P. Acevedo, psicóloga e investigadora da Stony Brook University, em Nova Iorque. "A generalidade das pessoas habituou-se a pensar que uma relação de décadas, com ou sem casamento, se reduz inevitavelmente a uma relação de companheirismo e de ternura apenas. E nós percebemos que não é necessariamente assim: é possível que, ao fim de 40 ou 50 anos, o casal continue enamorado e sexualmente motivado, tal como quando se apaixonou", declarou Bianca P. Acevedo.
A conclusão está no estudo Does a Long-Term Relationship Kill Romantic Love? (Uma Relação Duradoura Mata o Amor Romântico?, em tradução literal), feito por Bianca P. Acevedo, psicóloga e investigadora da Stony Brook University, em Nova Iorque. "A generalidade das pessoas habituou-se a pensar que uma relação de décadas, com ou sem casamento, se reduz inevitavelmente a uma relação de companheirismo e de ternura apenas. E nós percebemos que não é necessariamente assim: é possível que, ao fim de 40 ou 50 anos, o casal continue enamorado e sexualmente motivado, tal como quando se apaixonou", declarou Bianca P. Acevedo.
A conclusão a que chegaram foi que muitos casais continuavam, ao fim de muitos anos, a sentir calafrios de excitação um pelo outro, a par de uma ligação "profundamente intensa e de uma enorme intimidade". Com vantagens relativamente à paixão inicial. "Aquele lado obsessivo, de possessão e ciúme, em que o outro está constantemente a intrometer-se nos pensamentos e a impedir-nos de trabalhar, desapareceu. E a angústia de perder o outro e as súbitas alterações de humor também", explica Bianca P. Acevedo.
Este estudo, recentemente publicado na Review of General Psychology, corrobora outra pesquisa feita por Arthur Aron. (...) na sua tese contraria a convicção generalizada de que o amor romântico e o desejo sexual atingem o pico no início da relação e declinam com o tempo. Os cientistas chamam-lhes "casais-cisne". Aparentemente, porque têm um "mapa do amor" no cérebro semelhante ao dos animais monogâmicos, como é o caso dos cisnes. O que esta investigação mostra, para Júlio Machado Vaz, é que, "ao contrário do que pensávamos, não há uma diferença qualitativa tão marcada entre paixão e amor". A diferença que existe - pelo menos nestes casais - é que a paixão passa a coexistir pacificamente com as outras vertentes da vida.
Há mais boas notícias a somar a estes argumentos. Nas relações onde perdura o amor romântico, os membros do casal analisados por Bianca P. Acevedo evidenciaram uma auto-estima elevada e mostraram-se mais satisfeitos com a vida em geral. Já os casais unidos pelo amor companheiro demonstraram uma satisfação moderada, enquanto os que estavam presos a relações insatisfatórias e conflituosas denotaram um desagrado generalizado. "Já há muita literatura que explica que uma relação amorosa feliz reforça o sistema imunitário das pessoas e aumenta o seu bem-estar psicológico", diz ao P2 Bianca P. Acevedo. "Os casais que têm relações longas e felizes desenvolvem uma intimidade e uma confiança, sem aquele medo de se vai ser deixado ou não, que não só solidifica a relação como dá uma gratificação muito grande", reforça Machado Vaz.
Esta descoberta pode mudar as expectativas com que partimos para relações de longo prazo. De acordo com os autores, apostar numa relação para a vida inteira não tem que ser sinónimo de conformismo ou de abnegação. "A ideia, assumida por milhares de casais, de que para estarem juntos têm que aceitar a transformação do amor que sentiam numa espécie de amor-amizade deixou de fazer sentido", sublinha Bianca P. Acevedo. Dito de outro modo, o amor romântico passou a estar ao alcance de todos os casais. "Os casais que estão juntos há muitos anos e querem voltar a sentir-se apaixonados podem aspirar a isso", anunciou, para ressalvar: "Claro que isso implica energia e devoção."
Vale a pena ler o artigo na íntegra: http://jornal.publico.clix.pt/default.asp?url=%2Fmain%2Easp%3Fdt%3D20090405%26page%3D15%26c%3DC
Acredita que é um gosto partilhar este vosso amor romântico! Um amor que se transforma, em cada dia, em alegria, energia, boa disposição, imaginação, dádiva, amizade e partilha... Ontem foi mais um destes dias!
ResponderEliminarBjinhos