coMOVEU-me

Hoje satisfação e desafio disputam-me a alma. Satisfação de ver uma iniciativa que começou em conversas descomprometidas, mas muito sonhadoras, e que ao longo de três meses foi ganhando forma na troca de ideias e na planificação de um evento que ganhou espaço e calendário na vida das pessoas. Falo do MOUVA, um mercado de objectos usados, víveres e artesanato que teve a sua semente no mundo virtual e que rapidamente se tornou num objectivo partilhado, essencialmente a três, mas que ao longo dos dias foi somando amigos e entusiastas.

A 1ª edição do MOUVA aconteceu ontem, na Praça de S.Pedro na Palhaça, e vai repetir-se no último domingo de cada mês, de Abril a Setembro, a partir das 10h00.

Esta ideia tinha como principais motivações dinamizar um espaço que achávamos desaproveitado trazendo pessoas e manifestações artítiscas à praça. No final do dia comentávamos a felicidade de vermos as nossas melhores expectativas superadas: na adesão dos vendedores; na afluência de pessoas; no envolvimento dos Palhacenses na iniciativa; no ambiente de reencontro e convívio que se gerou e sobretudo no constarmos a satisfação das pessoas que ali se foram juntando ao longo do dia.

Foi um dia coMOVEnte!

Para quem foi crescendo naquele cruzamento de três estradas, o MOUVA conseguiu trazer à minha praça aquilo que mais aprecio quando viajo: o ambiente descontraído de quem passeia e gosta de se deixar deslumbrar com coisas simples como ver um filho atento sentado na relva a ouvir um contador de histórias. Ontem foi possível ouvir Yann Tiersen enquanto conversava com desconhecidos que passei a conhecer, ser surpreendida com a "Liberdade", de Fernando Pessoa e até vender roupa usada a quem certamente por 5€ não arranjava um casaco em tão bom estado!

Foi um domingo feliz, na Praça do MOUVA. Daqueles dias em que adormecemos com a gaveta das melhores recordações entreaberta porque a felicidade puxa ideias para o futuro.

E as ideias atropelam-se quando nos sentamos à conversa, mesmo se estamos exaustos, queimados do sol, que nem sentimos, e cansados da tensão da expectativa do acontecer!

Um abraço carinhoso aos amigos que também vestiram a camisola do MOUVA.