Um reencontro...com vocação!

Reencontrámo-nos em 2004, com o verão ainda a marcar a pele. Recebi um telefonema e passado uma semana estávamos a tomar café em Aveiro. Eu era introduzida ao universo da Pastoral Juvenil em três minutos, onde pelo meio coube um resumo dos últimos anos das nossas vidas de estudante, desde que nos tínhamos deixado de ver no Liceu Homem Cristo.
Tinha casado há menos de três meses e quis levar o convite para casa para poder pensar a dois. Ainda hoje comento com o Pedro, a reviravolta que este desafio trouxe à nossa vida, desde então. O dia em que do lado de lá da linha me perguntava o Rui - "lembras-te de mim? Sou o seminarista da tua turma de filosofia", na altura respondi que - "sim, mais ou menos" - não queria atrasar o telefonema. Esse dia trouxe uma nova dimensão à nossa vida onde cabe um grupo alargado de amigos e aprendizagens e se acumulam histórias de viagens, encontros e jornadas mundiais. Onde cabe Deus, ateus e a vida de cada um de nós.

Vocações



Naquele dia no café encontrei uma pessoa muito diferente do seminarista com quem tinha partilhado os ensinamentos de Locke, Platão e Nietzsche. Encontrei um jovem como eu, em início de carreira, sonhador e cheio de vontade de fazer o melhor que sabia e tinha aprendido. A imagem do seminarista que tinha foi-se esclarecendo ao longo do tempo e fui conhecendo o Rui, um amigo que entrou na nossa vida para ficar e sentar à mesma mesa.

Quem diria que 8 anos depois um de nós se poderia lembrar do outro para o que quer que fosse? Só poderia vir do Rui, com o seu impulso renovador e sonhador, quis constituir uma equipa de pastoral Juvenil Diocesana com elementos de toda a diocese e que tivessem jovens profissionais de várias áreas. Eu entrei no item comunicação, estou na equipa de coordenação há 5 anos e desde então temos feito coisas incríveis na missão que assumimos de testemunhar e anunciar Jesus Cristo aos jovens.

Confesso que tem sido uma aventura permanente e apaixonante descobir um mundo que já pensava conhecer!

Comentários

  1. E pensar que nos conhecemos graças a ele e que a nossa amizade se constrói também por entre esta Pastoral Juvenil e Vocacional!! Gosto de pensar que vamos todos ser amigos para sempre e que daqui a uns 10 anos vais estar tu a ajudar-me a vestir o meu vestido de noiva, o Salvador na sua pré-adolescência, o Pedro com a sua calma e o Rui a casar-me, e que daqui a uns 10 anos e pouco vou andar a pedir-te conselhos de grávida e a aprender a ser mãe. Delicio-me a pensar que daqui a muitos anos vamos estar a lembrar-nos destas nossas amizades sem idades e sem fronteiras e como começaram e se construiram. É um orgulho e um prazer acompanhar esta Pastoral Juvenil tão de perto. São tantas as pessoas que já conheci pelo Rui e parece com ele as minhas amizades se vão multliplicando. Com ele vou conhecendo este admirável mundo novo que já pensava conhecer, e a cada dia, a cada nova experiência eu cresço, cresço tanto!
    Vamos ser amigos para sempre não vamos??
    ;)

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  2. É verdade foi há 5 anos, 4 anos depois de nos termos conhecido a caminho das JMJ em Roma, que nos voltámos a cruzar para aceitar sonhar alto. Há mesa do café em Esgueira, onde o Rui estava na altura, e depois de uma ano a inquietarmo-nos juntos na caminhada de dinâmica sinodal sobre os jovens, surgiu a proposta e o desafio de arragar a pastoral juvenil em Aveiro. Com ele caminhamos juntas há 5 anos, nesta viagem louca, mas gratificante. Juntas já rimos muito, já trabalhámos muito, já nos preocupamos bastante, já refletimos ainda mais. Connosco já cresceram ideias, já nasceram projectos, já se fortaleceram laços de vidas que se entrecuzam, não pelo acaso, mas por acreditarmos juntos, que sonhar continua a valer a pena, porque o nosso sonho leva a Igreja mais longe...

    Bjos
    PS - E a guitarra do Salvador, já está na mala para o Festival Jota?

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  3. Isto é muito estranho!!!O Rui também entrou na minha vida à mesa de um café!Será que ele faz isto com todas????hahaha:) é interessante esta nossa cultura do "vamos tomar um café e conversamos"... felizmente fazem-se muito boas amizades assim, sobretudo, quando as pessoas se olham de frente e fazem do "tempo que voa", um tempo de partilhas, de sonhos conjuntos,de desabafos, de vida em crescimento e na esperança que tudo isto, dê a vida as voltas que der, há-de continuar até andarmos de bengala na mão e em vez de café, estaremos a beber chá...mas não importa, qualquer pretexto serve para estarmos com os amigos.

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