Subindo a A25, rumo a Oliveira de Frades, lembro Madrid. Uma das cidades onde não me importaria de viver. Talvez das cidades que, fora de Portugal, mais tenho visitado nos últimos anos. Na comunidade de Madrid vivem quase 4 milhões de habitantes, mais de 500 mil estrangeiros. Em Junho Madrid fervilha, como aliás ao longo de todo o ano. Ouvimos falar todas as linguas entre duas paragens de metro. É no subsolo que nos deslocamos quase sempre. Sabe bem aquele impacto da cor do céu, na passadeira cheia de pessoas, na corrente de gente que segue a cidade. Há sempre tanto e tão bom para descobrir, assistir, visitar.
Na última passagem pela cidade reecontrámos a retrospectiva mais completa de Juan Muñoz. Depois de Serralves, novo encontro no jardim e galerias do
Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia. Aqui andámos a mostrar ao nosso Salvador, agora com a nova organização da exposição, alguns dos artistas que fazem parte do seu imaginário. Vimos e deixámo-nos ficar a admirar o seu silêncio no olhar rígido. Fomos tentando adivinhar aquilo que ele veria. Dali, Miró e Picasso, o que vê uma criança nas obras destes artistas? A julgar pelas opiniões de um grupo de miúdos,parado em frente a uma escultura de Miró no jatdim, as opiniões divergem, uns viam um cavaleiro, outros um hipópotamo e alguns um dinossauro....foi curioso observá-los com as suas explicações, imaginativas e desenvoltas.
Madrid comove e convence. Quando saimos do museu e olhamos à direita, a estação de Atocha ao fundo. Comento com o Pedro: "tão longe e tão perto". Do que aconteceu, dos 5 anos que já passaram, dos mais de 2000 anónimos que por aqui circulavam no dia 11 de Março de 2004. Em Madrid há sempre estas memórias, estes locais que nos recordam que também nós somos passageiros desta vida, estamos aqui, sujeitos aos que no mundo ainda acreditam que os problemas e as diferenças se resolvem com violência. Evitámos pensar nisso, o Salvador tem 3 anos, gostou da cidade e vê-lo a observar a Guernica, alheio à história, dá-nos a coragem para regressar...sempre.
Subindo a A25, rumo a Oliveira de Frades, lembro Madrid. Uma das cidades onde não me importaria de viver. Talvez das cidades que, fora de Portugal, mais tenho visitado nos últimos anos. Na comunidade de Madrid vivem quase 4 milhões de habitantes, mais de 500 mil estrangeiros. Em Junho Madrid fervilha, como aliás ao longo de todo o ano. Ouvimos falar todas as linguas entre duas paragens de metro. É no subsolo que nos deslocamos quase sempre. Sabe bem aquele impacto da cor do céu, na passadeira cheia de pessoas, na corrente de gente que segue a cidade. Há sempre tanto e tão bom para descobrir, assistir, visitar.
Na última passagem pela cidade reecontrámos a retrospectiva mais completa de Juan Muñoz. Depois de Serralves, novo encontro no jardim e galerias do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia. Aqui andámos a mostrar ao nosso Salvador, agora com a nova organização da exposição, alguns dos artistas que fazem parte do seu imaginário. Vimos e deixámo-nos ficar a admirar o seu silêncio no olhar rígido. Fomos tentando adivinhar aquilo que ele veria. Dali, Miró e Picasso, o que vê uma criança nas obras destes artistas? A julgar pelas opiniões de um grupo de miúdos,parado em frente a uma escultura de Miró no jatdim, as opiniões divergem, uns viam um cavaleiro, outros um hipópotamo e alguns um dinossauro....foi curioso observá-los com as suas explicações, imaginativas e desenvoltas.
Acho que é um privilégio que ele tem ter uns pais com vocês. Sem dúvida vai ser um miudo bastante inteligente (e eu até já acho que o é =)), cheio de criatividade e curiosidade. É bom mostrarmos o bom e o menos bom desta vida, mesmo que ainda não entenda. Para vocês será sempre mais importante o seu crescimento mas à medida que vai acontecendo, ele aproveitará e ficará bastante grata. Uma viagem que espero um dia fazer =) * Um beijo*
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