Malmequeres, céu e romãs

No último fim-de-semana de verão, o domingo soube caseiro.
Sabe sempre tão bem a nossa terra, ao domingo de manhã.
Correr pelo jardim dos avós,
ir comprar o jornal e ter Bom Dia com nome próprio.

Da loja ao café e da praça à bomba de gasolina,
não há desconhecidos.
Estes são prazeres que não se dispensam.
Na qualidade de vida a proximidade é requisito primeiro da lista,
o segundo rima com Palhaça, se não me falha a memória é uma Praça.


O pai ficou na apresentação do programa eleitoral para a freguesia e nós votámos na agricultura,
ele planta o seu jardim de malmequeres, eu auxílio na rega de quando a quando,
aproveito para invistir nas leituras que tenho vindo a adiar.
Jogamos raquetes, sob o olhar dos árbitros avós, treinando vezes sem conta para o Salvador acertar numa bola. Uma festa em cada 100 vezes.
Pelo meio fugimos das abelhas e espreitamos os frutos da época.
O jardim da bebel e do bitó está cada vez mais pomar.

As romãs empoleiram-se verdes à procura dos raios de sol e os diospiros esperam o verão de S. Martinho para ficarem doces.

Deitados na relva contamos alguns, rimos das romãs eróticas penduradas nos galhos.
De costas na relva o céu tem outro encanto.
É enorme e sem rasto de aviões parece um deserto de domingo.

Comentários

  1. Acho que o que mais agradeço aos meus pais e a Deus foi o facto de crescer no campo e conviver com a natureza... =)

    Bestial mesmo*

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  2. Olá Catarina!
    Já sei que estás grávida novamente! Parabéns e muitas felicidades para esta caminhada!
    Um beijinho muito grande
    Mariana

    www.coisasdemae.eu

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