Sairmos de nós, da nossa vidinha e SERMOS MAIS, MUITO MAIS

Este é com frequência um tema de conversa lá em casa. Um assunto de vários emails com amigas, um objectivo que aos poucos vamos também fazendo nosso, mas que queremos levar cada vez mais a sério enquanto casal. Aos poucos vamo-nos entregando na dedicação aos jovens, na área da formação e comunicação cristã que abraçamos, nos desenrascas que chegam por telefone em reuniões, mas também na nossa forma de viver em comunidade. Na proactividade e na preocupação com a nossa terra. Sempre saímos das palavras e metemos mãos à obra. Não basta identificar, dar ideias, pensar. O fazer faz-se fazendo. E ideias melhores ou piores, todos vamos tendo. É no agir que podemos fazer a diferença. Seja com uma soma de favores, com um escritório de luz até de madrugada, onde despachamos desenrascas uns a seguir aos outros, até ao banco local de voluntariado ou integrando o que já existe, em estruturas onde somos precisos porque se não houver voluntários os serviços precisam de ser pagos. É urgente o voluntariado como forma de estar.
Uma crónica mais que pertinente, urgente. E pensar que podemos passar (e tantos pessoas passam) uma juventude inteira, uma vida enorme a pensar em si, apenas em si e nos seus. Na sua profissão, no seu sucesso, no seu bem-estar, na sua agenda, no seu lugar no céu.
Vale a pena voltar a deixar esta pergunta ecoar dentro de nós, para que ela nos transforme:
"E se nos envolvessemos uns com os outros?
Crónica de Laurinda Alves,
Diário I
3 Novembro, 2009

Não da maneira mais óbvia, como é óbvio, mas de uma forma socialmente comprometida e solidariamente envolvida. Em França acaba de ser publicado um estudo que revela que 13 milhões de cidadãos com mais de 15 anos estão envolvidos em iniciativas solidárias em áreas tão abrangentes como a ecologia, a alfabetização, a saúde, a militância cívica, o apoio às vítimas e a protecção dos mais vulneráveis na sociedade.
Para nós, que somos 15 milhões a contar com os que vivem fora, 13 milhões seriam quase todos os portugueses (com e sem fraldas).
Ou seja, porta sim porta sim, morariam famílias inteiras de cidadãos atentos ao mundo e disponíveis para os vizinhos.
Seríamos decerto uma nação digna de estudo, até porque segundo os especialistas franceses chamados a comentar os resultados deste estudo, em tempos de crise global todos nos sentimos vítimas da chamada "diluição de responsabilidades".
Traduzido à letra quer dizer que todos preferimos acusar os governos, os patrões e os dirigentes pelo estado do mundo a responsabilizar-nos individualmente e a envolver-nos na resolução dos problemas. Como vencer esta resistência interior? Dando passos em busca de uma causa ou área de voluntariado para contribuir. Só isto já seria muito."

Comentários

  1. Sempre bom ler te... A cronica da LAurinda vou usar no meu bloggs e autorizares...:) e sim.. se todos tivessemos a tua capacidade de acreditar e de lutar pelos sonhos o teu textos eria mais realidade e menos declaração de intenções... Beijooo Bem bem Forte... pa familia todos os cumprimentos...lol

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  2. Abusa...o tema merece. A crónica foi publicada no I - "E se nos envolvessemos uns com os outros? - no passado dia 3 de Novembro. Acabaste por publicar o meu texto...beijo à dupla P&M

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