SATURDAY @ TEA TIME
Inventámos o Chá de Natal há uns anos. Se não me falha a memória, há pelo menos uma década, que uma tarde do mês de Dezembro nos reserva encontro obrigatório com a xícara na mão. Quando de forma "urgento-decrescente" contávamos os dias para a passagem de ano, a mega festa da aldeia, e os corações se passeavam em namoricos de adolescência, o chá era servido na sala de casa dos pais e a conversa feita em surdina ou à porta fechada.Com o passar dos anos, começámos a aproveitar esta tarde para acertarmos geografias que nos começavam a afastar e empregos que nem sempre iam ao encontro das expectativas de uma juventude encantada. Ao longo dos anos fomos sentando o Chazinho em todos os domicilios. Lembro-me de em 2004, em casa da Tuxa sentirmos um friozinho na barriga pelo reencontro das 8, sem ausências.
Ontem, quando a casa mergulhou de novo no silêncio de uma noite de inverno com o termómetro a marcar 3º, sentei-me com o cansaço de uma felicidade preenchida, literalmente. A presença de todas com família e filhos, preenche a mesa feita à medida de grandes amizades. Sempre desejei uma casa grande que se abrisse à paisagem e onde no inverno pudessemos aquecer a conversa à volta da lareira. Momentos como os de ontem, descontraídos e calorosos, são Natal.
Ontem, quando a casa mergulhou de novo no silêncio de uma noite de inverno com o termómetro a marcar 3º, sentei-me com o cansaço de uma felicidade preenchida, literalmente. A presença de todas com família e filhos, preenche a mesa feita à medida de grandes amizades. Sempre desejei uma casa grande que se abrisse à paisagem e onde no inverno pudessemos aquecer a conversa à volta da lareira. Momentos como os de ontem, descontraídos e calorosos, são Natal.
Na mesa as gulodices que um lanche de inverno exige: bolos, de mel e chocolate, pão da avó e carrs com palhais barrado com doce de abóbora, chá de maçã canela e crepes com chocolate. Houve quem experimentasse as primeiras rabanadas, uma experiência feita à pressa com todo o empenho de quem se quer iniciar à culinária tradicional da quadra. Os miúdos imparáveis e deliciosos, numa coexistência pouco pacífica vão ocupando cada vez mais espaço na história da nossa amizade. De bochechas coradas, alheios às cumplicidades que vamos tentando alimentar também com eles, fazem desenhos improvisados cheios de significado e desfazem migalhas pela casa. We love them, "running around the Christmas tree..."
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