Em busca da cidade perdida

A paixão pelo jornalismo sobrevive porque ainda há profissionais, e bons exemplos, como o Paulo Moura e o Fernando Alves. Para quem se habituou a ler e adquirir jornais com o Público, hoje um sinal levou-me de novo ao quiosque, depois de uns tempos decepcionada e entretida com o novo folhear da descoberta.
Para quem gosta do género reportagem vale a pena a leitura, no Público de hoje, deste jornalista na sua chegada a Port au Prince. No http://jornal.publico.clix.pt/noticia/19-01-2010/o-que-ja-foi-uma-cidade-18618218.htm.

Começa, "Amálgama. É essa a primeira imagem. Amálgama. A cidade está esfarelada e decomposta. Dissolvida. Os elementos arrancados dos seus compostos e depois misturados. Sapatos com pedaços de ferro. Carros espalmados em paredes de casas. Ecrãs de televisão com comida podre. Amálgama, traduzida na língua dos pesadelos."
(...)
Termina, "Nesses sítios de uma estranha luz amarelada e um insuportável cheiro a morte, no meio da amálgama, com tudo espalhado no chão, pode ver-se de que era a cidade feita."

A crónica ainda nao está no site da TSF, mas se puderem não deixem de ouvir. Há sinais que não deveríamos deixar de reparar.

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