PAISAGEM EM MUTAÇÃO

Gosto que ainda sejas só meu e sinto que esse tempo está a acabar. Em madrugadas, como hoje, adivinhando o pouco a sós que nos resta, as perguntas saem em catadupa:
Em que dia marcaste encontro connosco? Qual será o teu acaso?
Que momento escolherás para invertermos posições, tu em cima de mim, cobrindo-me com a candura da tua pele ? Quando se desfaz esta montanha onde esquinas se formam e me deformam, com pés e cotovelos, em movimento de vulcão? Adormeci com as interrogações e acordei com sol de Primavera e notícias de Israel.