MÃES, AVÓS, BISAVÓ

Um dos grandes estímulos, numa mão cheia de boas razões, de querermos ser pais jovens, foi a vontade que ambos tínhamos de que os nossos avós pudessem conhecer e conviver de perto e com saúde com os nossos filhos. Tanto eu como o Pedro sempre fomos muito ligados aos nossos avós, crescendo entre eles e com eles. Podermos fazer esta ponte das gerações e da família é uma homenagem a tudo o que deles herdámos, a começar na vida, na terra e no nome. Aquilo que mais desejamos é ir alargando esta roda, prolongado laços e atirando para a memória deles também essas rugas de sorrisos que nos olham com tanta vida lá dentro, olhar de quem têm sempre tanto para nos ensinar e sossegar.


Catarina, Isabel e Alice. Mães, avós e bisavó. O lanche serve para isso mesmo, entrelaçarmos ainda mais os glóbulos que nos misturam em árvores geneológicas e adicionarmos às suas infâncias os (a)braços que fizeram as nossas tão ricas. Ontem, a pedido do próprio, o Salvador foi dormir a casa dos meus pais. É este "desprendimento" em relação a nós, que sabe que o amamos, e "acolhimento" deles, que o adoram e tratam como um filho, que nos faz dormir descansados, sabendo que a nossa saudade sossega quando ele regressar hoje, de novo para dar o primeiro olhar com beijo ao irmão.

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