VIDA, A NOSSA E A DE TODOS
No sábado já não houve visitas além das médicas, primeiro da Dr.ª que me deu alta e depois das rotinas da Pediatra, para confirmar a alta do Sebastião. Mais ou menos 50 horas de vida e tínhamos a primeira viagem a 4. O carro de repente ficou a abarrotar: nós, a tralha deles, a novidade e a emoção de os termos aos dois connosco e tudo o que uma nova condição implica nos primeiros momentos: hesitação, perguntas, atenção, expectativa...confusão! Das boas.
Enquanto esperava por eles tive um daqueles diálogos interiores que acontecem duas vezes num ano, porque quase nunca deixo o coração sossegar com tanto. Em sábado de Aleluia o tema foi a GRATIDÃO, e o meu interlocutor foi Deus (curioso como vivemos esta Semana Santa da Paixão de Cristo!). Foi nesta oração quase murmurada sob um sol e um sono sossegados que me recordei um aspecto que se destacou neste nascimento e do qual ainda não tinha aqui partilhado e é da extrema importância que o faça, falo da dádiva de sangue do cordão umbilical que desta vez decidimos fazer para o BANCO PÚBLICO DE SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL, de âmbito nacional, O LUSOCORD. Este banco recebe as dádivas de sangue do cordão umbilical (SCU) de todas as mães que o queiram doar para uso em transplantação e investigação.
Esta decisão deve-se a uma conversa fortuita, mas tão produtiva, entre mim e a Rita. Ela perguntava-me se eu e o Pedro nunca tínhamos pensado em fazer criopreservação das células estamininais, comentava com ela que eu e o Pedro nunca abordámos esse assunto de forma séria e a criopreservação nunca casou uito com a nossa forma de estar, por isso, quando a Rita falou do
Banco Público de Células Estaminais do Cordão Umbilical comecei imediatamente a fazer pesquisa, documentei-me e depois de uma conversa com o Pedro, um email para o Centro de Histocompatibilidade do Norte tudo foi de uma rapidez, correcção e profissionalismo da parte deles que me surpreendeu o facto de se tratar de um serviço público.
Banco Público de Células Estaminais do Cordão Umbilical comecei imediatamente a fazer pesquisa, documentei-me e depois de uma conversa com o Pedro, um email para o Centro de Histocompatibilidade do Norte tudo foi de uma rapidez, correcção e profissionalismo da parte deles que me surpreendeu o facto de se tratar de um serviço público.
Tal como me chegou, prontamente e com todas as indicações, a lancheira azul (da foto) foi levada na sexta, pela empresa transportadora, com a recolha efectuada no cordão que me separou do Sebstião. Esperamos que nela tenha seguido uma recolha válida. Com esta acção quisemos afirmar aquilo que para nós é prioridade, a vida.
"Se houver muitas dádivas e colheitas com grande volume de sangue do cordão umbilical, a probabilidade de todos os doentes beneficiarem do Banco e conseguirem um transplante compatível aumenta e o benefício é maior para todos." Talvez esta lancheira azul seja "uma das gotas de água que fazem o oceano" de que falava Madre Teresa mas aqui da continuidade da vida. Se puderem informem-se e sejam DADORES.
um grande sorriso para a família! Bem vindo,Sebastião! Devias ter pelo menos mais 5 para partilhar essa alegria e paixão que tens sempre! :) beijo!
ResponderEliminargrandes emoçoes, sem duvida. que o Sebastiao seja em tudo igual ao resto da familia. um beijo enorme
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