UMA CRISTÃ EMPENHADA

À margem da histeria de órgãos de comunicação social e de alguns católicos, diria que a visita de Bento XVI já valeu para muitos Portugueses olharem o Tejo. Um altar simples e profundamente inspirador. Um cenário que provoca uma emoção inexplicável de querer ir mais além, de não nos focarmos no que ali está, mas no que inspira e remete. Diria até que, mais do que cenário, este altar é a imagem do que para nós cristãos representa este homem, muito mais do que a pessoa deste ou de outros Papas, até mais carismáticos como João Paulo II, alguém que aponta e guia. "Acima de tudo o Papa aponta para Jesus Cristo e convoca-nos a voltar ao essencial do Seu amor. (...) o que verdadeiramente me interessa é a verdade com que se entregam à Igreja e dão a vida por esta missão. Interessa-me a pessoa de Jesus." (Laurinda Alves)
A mim também me interessa-me a Pessoa de Jesus, por isso tenho estado atenta sobretudo às mensagens que ele vai deixando, aqui e ali, entre encontros e homilias, através deste peregrino que veio do Vaticano. Palavras que vem confirmar que podemos mesmo trilhar caminhos de esperança se sairmos dos lugares comuns da Igreja.
PÚBLICO - No seu encontro com personalidades do mundo da cultura, no CCB "No discurso em que citaria Camões, o Papa afirmou: “Há toda uma aprendizagem a fazer quanto à forma de a Igreja estar no mundo, levando a sociedade a perceber que, proclamando a verdade, é um serviço que a Igreja presta à sociedade, abrindo horizontes novos de futuro, de grandeza e dignidade.”
O Papa terminou o discurso com um apelo aos artistas: “Fazei coisas belas, mas sobretudo tornai as vossas vidas lugares de beleza.” Um apelo que retoma o tom do discurso do encontro com os artistas, em Novembro, na Capela Sistina do Vaticano.
PÚBLICO - Na missa no Terreiro do Paço, "O Papa Bento XVI quer cristãos mais empenhados "no meio do mundo, na família, na cultura, na economia, na política" e menos preocupados com as "estruturas e programas eclesiais", onde se terá por vezes colocado uma "confiança excessiva".
"A prioridade pastoral hoje é fazer de cada mulher e homem cristão uma presença irradiante da perspectiva evangélica no meio do mundo, na família, na cultura, na economia, na política", afirmou o Papa, na sua homilia.
Dirigindo-se, quase no final, especialmente aos jovens, o Papa pediu-lhes que estes descubram Jesus: "Aprendei a ouvir e a conhecer a sua palavra e também a reconhecê-lo nos pobres."Pedindo aos católicos que participem com a sua identidade "cultural e religiosa" na construção da União Europeia, o Papa acrescentou que a fé é uma "alavanca poderosa" e um "vento impetuoso que varre qualquer medo e indecisão, qualquer dúvida e cálculo humano".

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