JARDIM INTERIOR

Primeiro foram as tulipas, depois os amores-perfeitos, pouco depois floriram as dálias, as papoilas vieram com o calor e foram com vento e as ervilhacas têm sido permanentes, penduraram-se pelo muro fora espreitando constantemente para dentro de casa. Já os malmequeres selvagens, que também gostamos de apanhar aos molhos, estão por todo o lado onde lançamos o olhar.

Ontem decidimos refrescar o jardim e enfrentámos o vento, apanhámos flores de papel (creio que este não será o nome mais correcto), gladíolos e coroas. O Salvador compôs as duas jarras de vidro e eu fui espalhando as flores pela casa.Este fim-de-semana temos uma coroa e vemos duas, na mesa mágica, dois gladíolos vermelhos reinam na sala, um conjunto de pássaros sem gaiola entretém a paisagem no escritório e os arranjos do Salvador perfumam as casas de banho de cima.

Estarmos rodeados de Primavera deve-se ao avô Victor. É no seu canteiro, onde a diversidade de cores e cheiros convive com abelhas e pássaros, que vamos buscar  a Primavera para dentro de casa.