SEE YOU LATER ALIGATOR...

Hoje tivemos vacinas no programa da manhã. Eu que passava apenas pelo centro médico para marcar a vacinação para o Pedro levar o Sebastião à pica, tive de conter a surpresa da prontidão da enfermeira e sorrir, aguentar os suores frios pregada à cadeira enquanto escorria medo na mão que apertava a perna do pequeno. Tive que me portar que nem uma mulher. A minha sorte é que tenho filhos teimosos, mas que à partida parecem suportar bem a dor. Já o rapaz, calmeirão e cheio de sono, nem um ai ou uma lágrima. Acordou de um sono desacansado, engoliu o rotarix, levou com uma agulha afiada em cada regueifa da perna e vamos embora, não sem antes deixar um sorriso de despedida à enfermeira.  Eu cá até me aguento com dores, mas com as minhas, com as dos filhos venha o pai que aqui a mamy só é forte para os colocar cá fora, na hora dos acidentes domésticos, vacinas e afins peço sempre licença de não sofrimento! Não é fácil preparar um filho para sofrer e tão pequenos então dói-me a alma. Só não quero imaginar quando um deles me aparecer com o coraçãozinho partido aos bocados. Já me estou a ver, em vez de o ajudar a recuperar as peças e andar para a frente, tenho a certeza que vou querer conversar com quem lhe arrancou as lágrimas e lhe partiu o coração!


O Sebastião soma 2 meses e uma semana de vida. Recuso-me a olhar o calendário que ainda me avisa que estamos com o copo meio cheio desta felicidade diária a dois! A criatura está grande, gordinha e recomenda-se, segundo confirma o pediatra nas dúvidas que nós não temos. Continua a comer exclusivamente a selecção que lhe preparo com as minhas refeições, no leitinho da mama, e as noite são oceanos pacíficos.Come e dorme, uma vez ou outra ainda me tenta convencer à conversa e lá lhe faço a vontade, ficamos a sorrir feitos tontos um para o outro na sombra das árvores quando a madrugada vai entrando pelo quarto. Filhos assim tinha pelo menos mais dois, o pior é o tempo. Sim, o tempo que depois sobra para distribuir por todos. Se o IKEA começasse a vender tempo, nem que se tivesse que montar, com uma resma de instruções, eu comprava uma tonelada dele! Enquanto algum sueco não se lembra de o inventar, nós por cá havemos de fintar as horas e encher a casa de relógios,  a ver se multiplicamos o que temos para ver se conseguimos pelo menos completar o banco de trás do carro de gente...não sabemos é quando!
IN A WHILE CROCODILE...

NOTA: o cenário das fotos foi uma prenda Maria Tarrinhacom o carimbo CASA. Desde o passado dia 30 de Maio passámos a ter mais um simpático e domesticado animal cá casa a juntar à selva que é decora o quarto do Sebastião. 

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