AINDA O MINHO...E O FESTIVAL JOTA 2010

Na sexta, e depois da habitual azáfama de fim de tarde sempre que há saída, na corrida entre a creche, os banhos, as mochilas e o lanche, pusemo-nos a caminho de Paredes de Coura, com a nossa co-pilota e amiga, Ondina Matos (que enquanto estou a escrever este post está a dar uma entrevista para a Ecclesia pelo grande facto de ter sido nomeada DIRECTORA DO SDPJV AVEIRO, por D. António Francisco dos Santos), já passavam das oito.

Um final de dia abafado acompanhou quase duas horas de viagem, sem sobressaltos ao longo dos mais de 180 km. À chegada o Minho estava em brasa, literalmente. Um pôr-do-sol estival confundia quem chegava com fumo e fogo a rodear as montanhas. Em Paredes de Coura reinava um silêncio de frescura de regas recentes. Na Casa do Outeirinho, onde ficámos alojados, as portas da D. Aurora briram-se com o habitual acolhimento do Norte, sem cerimónias e com a confiança que habitualmente os Minhotos oferecem a quem os visita, ainda mais quando falamos a mesma lingua e no caso, nos move um Festival de inspiração católica. Ou não fosse o Minho das zonas mais fervorosas ao nível da fé no nosso país.


Depois de instalados fomos até à Praia Fluvial do Taboão onde o Festival Jota assentou arraiais para a edição 2010. Os miúdos estiveram calmos, a noite agradável e os amigos foram aparecendo. A primeira noite de concertos esteve calminha para um Festival. Entre as conversas fomos assistindo aos La Voz del Desierto, os seminaristas do rock que no ano passado fizeram também a festa no relvado da Aldeia Jota, em S.Jacinto. Seguiu-se a Banda Jota e um dos temas que está efectiva e afectivamente na memória do Salvador quando se fala de Jota. Foi às cavalitas do pai, qual festival que se preze, que os "Braços no Ar" emocionaram o nosso pequeno repetente neste evento. Olhava, atentamente, para os jovens que pulavam e cantavam a boa voz e sorria, esticava aquele sorriso tímido onde se lê a emoção que lhe deixa o olho brilhante numa expressão doce. Já o outro mano esteve acordado a acompanhar o ritmo do rock dos espanhóis e depois preferiu o sono aos temas da banda da Guarda. 

No dia seguinte, o início da manhã, serviu para desfrutarmos da magnífica vista da Casa do Outeirinho, houve até quem aproveitasse a piscina enquanto nós ficámos à sombra da palmeira nas conversas sobre a vida. Seguimos para a vila onde a feira de sábado se estendia pelas ruas enquanto nós completámos o pequeno-almoço. O resto do dia foi passado junto ao Rio Coura, na Praia Fluvial do Taboão, a acompanhar o que ia acontecendo, visitando os vários espaços do Festival e convivendo. Soube bem a sombra, a juventude com que nos fomos cruzando, os gelados a preço justo, os que fomos reencontrando, com S. Jacinto nas boas memórias  e a frescura de um cenário bucólico e romântico como gostamos de vez em quando. O Salvaodor garante que também lhe soube muito bem a água  -  "que não estava muto fria" como foi explicando, "só um bocadinho, assimassim"  - onde ele, e centenas de jovens, foram desafiando o frio e o aviso da delegada de saúde local cpara o facto desta estar " Imprópria para tomar banho".

Regressámos ao final do dia, enquanto as bandas do Teu Palco iam desfiando temas e sonhando com festivais onde possam ser cartaz. A viagem foi sobretudo quente e há um menino que não se dá lá muito bem com o calor que teve de vir a infringir as regras ...ao colo (não digam nada a ninguém)!


O Festival volta a estar na agenda em 2012, em Braga. Lá estaremos com os miúdos e os amigos!
Para ler ou ver mais sobre o festival fiquem com o trabalho de Sónia Neves, que passou de entrevistada a reporter, ao serviço da Agência Eclesia.

Comentários

  1. Quanto ao Jota e ao Minho, estive lá e adorei a companhia dos amigos mais crescidos e mais pequenos, dos que levei daqui e dos que encontrámos por lá!

    Estes meandros jornalísticos são terríveis! Eu a dar a entrevista e a "Srª jornalista" do SDPJV Aveiro em cima do acontecimento ;)

    Bjinhos,
    Ondina

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